verbalizando-me

Eis uma mulher, cuja graça é natural, naturalmente consequência do que ela é, do que ela busca, do que ela faz, do que ela investe, não é graça de farmácia , que se aplica nos cabelos, que se esparge nas bochechas, que se colore nos lábios, ela – toda ela, sua graça – vem de dentro para fora, lá do fundo de um turbilhão de ânsias e desejos que, quando lhe atravessam os poros, fazem de seu corpo esta casa de campo, esta casa de praia, esta rede estendida a quem souber veranear. (Felipe Moura Brasil). Rio de Janeiro. Acessem também: http://bordas-de-mim.tumblr.com/

Mês: março, 2012

hum… bem…

Ei. Sabe, eu ando querendo te dizer umas coisas… Te liguei hoje, mas você, como sempre, não atendeu de primeira e dessa vez nem de segunda. Também não mandou mensagem um minuto depois das minhas tentativas falhas de falar contigo avisando que eu já podia ligar sem correr o risco de tu não atender.
Que que houve? Tu sumiu.
Eu senti saudade de estar com você. Você me faz bem e me deixa à vontade, como há tempos eu não me sentia. E, na verdade, talvez eu tenha me afastado porque não sei lidar com isso. Não quero ser egoísta, nem injusto contigo. O meu tempo é corrido, você sabe, mas eu não quero te perder e por esse medo eu acho que posso ser precipitado. Também sei que tu acha isso de falta de tempo uma desculpa. Talvez seja mesmo. Eu tenho medo de tentar e me arrepender, e medo de não tentar e também me arrepender. Arrependimentos á parte, não quero magoar você. Tu já escutou isso outras vezes? Tá, e adianta se eu disser que eu sou diferente? Desculpa, não fica confusa também. O problema é comigo. Tô cheio de dúvidas. Eu juro que vou tentar descobrir viu? Enquanto isso não me deixa sozinho, se não for pedir muito. Obrigado. Por tudo.

até

A noite vira dia que vira tarde que vira noite e madrugada.
E Morena diz que não está mais chateada.
Ela espera por você, está com saudades.
Até.

(Larissa Xavier)

não deixe o mar te engolir.

As pessoas dizem que eu ando cabisbaixa. Tudo bem, não contradigo. Assim é até melhor! A maioria delas respeita o pedido de silêncio que fica subentendido quando estou calada. Não sei dizer o motivo, portanto, não aguce sua curiosidade. Talvez seja época de fechar pra balanço, acalmar um pouco o congestionamento de pensamentos, sentimentos e até pessoas pelas minhas vias mentais e vitais. Eu tenho muito disso.

A boa notícia é que não perdi o telefone de ninguém. E é claro que isso não significa muita coisa já que não devo contar nem com metade dessa agenda telefônica. E eu te juro que isso não é charme nenhum e nem quero atrair holofotes e chamar atenção.

Falando sério, tenho me sentido bastante sozinha e isso me lembra que eu não tenho mais com quem contar além de o tempo. E que eu ando sozinha e, na verdade, eu quis que fosse assim. Porque tu não sabe quantos, tantos, inúmeros, quase todos que eu fui deixando por aí. E fui deixando porque não valiam a pena, esse é o triste. Ou a tristeza maior venha dessa minha exigência e do meu jeito que querer que as coisas sejam de outro jeito. Sei lá, no fundo todo mundo busca o melhor pra si. Por isso prendi muita gente no passado.

É preciso entender, resolver pendências, selecionar direito.
Depois viver em paz, com aquilo que me traz o bem, só o bem!

Agora é tempo de uma calmaria barulhenta, impaciência aguda, irritações e mau humor.
É tempo de deixar passar essas ondas turbulentas, dar adeus à ressaca, esperar os tempos de paz e chega de maré ruim! (Larissa Xavier)